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Se você tem a intenção de amamentar exclusivamente até os seis meses de vida do seu bebê (e continuar amamentando até quando for bom para vocês dois), vale a pena investir em bons slings e carregadores de bebê. Mas o que o aleitamento, que está mais no âmbito da alimentação do bebê, tem a ver com babywearing, que tem a ver com carregar o bebê?

Esse é o intuito desse post: mostrar como essas duas práticas estão interligadas. Vamos por partes.

 

Parte 1: O que é importante para a amamentação dar certo?

Grosso modo, para amamentar, seria necessário somente um bebê capaz de mamar e uma mãe apta a produzir leite. Parece simples, né?  Mas a frase contempla praticamente 95% das duplas mãe-bebê e sabemos que os índices de amamentação exclusiva (até 6 meses de vida, no Brasil) não chegam a 40%.

Um dos motivos para isso é impossibilidade de manter a livre demanda, peça chave para conseguir amamentar exclusivamente. Livre demanda significa, simplesmente, amamentar de acordo com os sinais do bebê, não do relógio. Para isso, é preciso perceber os sinais de fome e de interesse pelo peito (e isso inclui a sucção não nutritiva, vulgo “ficar chupetando”). A livre demanda é fundamental porque mantém a produção de leite na mãe e supre as necessidades físicas (e psíquicas) do bebê. Vale lembrar que o bebê não mama só por fome, mas também por sede, conforto, sono e prazer.

A maioria das mulheres modernas relata que a livre demanda exige muito: tanto física quanto emocionalmente. Além da questão da disponibilidade 24h por dia, 7 dias por semana, tem todo o desgaste por estar um uma sociedade que (ainda) não enxerga a livre demanda com naturalidade. Comentários como “Nossa, tá mamando de novo? Acho que o seu leite é fraco” ou “Dá logo uma chupeta para essa criança!” são muito comuns, e atrapalham bastante também, porque minam a confiança da mulher no processo. E tem mulher que ainda sofre constrangimentos por amamentar em público, por exemplo, o que é lastimável e revoltante, sob diversos pontos de vista. Mas não vou me alongar, senão esse texto não acaba nunca.

 

O outro grande motivo pela desistência ao amamentar é a dor, que está relacionada a um pega incorreta. A pega correta ocorre quando o bebê abocanha a mama, não só mamilo (o bico); assim, ele alcança os dutos, movimenta a mandíbula e a língua de forma a ordenhar o seio, levando o bico da mãe lá no fundo da boquinha dele, no palato mole. Quando o bebê pega só o bico do peito, além de não alcançar os dutos e conseguir fazer uma boa ordenha, o mamilo fica roçando no palato duro, causando dor e, possivelmente, fissuras.

Como conseguir uma pega correta? Em primeiro lugar, garantindo que o bebê abra bem a boca e, em seguida, conseguindo fazer com que ele abocanhe a mama (isto é, o mamilo e grande parte da aréola, dependendo claro do tamanho da aréola). Depois, ele precisa sustentar essa pega. Se a mama for grande, talvez seja necessário sustentá-la no início, quando o bebê ainda é muito pequeno e pode não aguentar o peso do peito. Para conseguir uma boa pega, o posicionamento faz toda a diferença: o bebê deve estar todo voltado para o corpo da mãe (barriga com barriga) e não com o corpo deitado para cima e só a cabeça virada para a mãe.

 

Parte 2: Afinal, como o babywearing pode ajudar na amamentação?

Para responder a pergunta, vou fazer um resumo do que foi dito acima. Então, já estabelecemos que os seguinte pontos são importantes para a amamentação fluir bem:

  •          Perceber os sinais de fome e desejo de mamar para poder amamentar em livre demanda;
  •          Sentir-se confiante na capacidade de alimentar e cuidar do(s) seu(s) filho(s);
  •          Reduzir os sentimentos negativos relacionados à amamentação;
  •          Melhorar o posicionamento do bebê para facilitar a pega correta.

 

Veja como o babywearing pode ajudar em cada um desses pontos.

1. Perceber e atender as demandas prontamente

Claro que você não precisa usar um sling para perceber as demandas do seu bebê. Mas o babywearing permite que você se dedique a outras tarefas sem precisar ficar longe do bebê. Com o bebê sempre “na altura de beijinhos”, você consegue atendê-lo antes do choro intenso, oferecendo o seio no primeiro sinal de fome. Quando o bebê está mais longe, é capaz de você perder esse primeiros sinais (cabeça virando, boca se mexendo, mãozinha indo até a boca) e só atenda o bebê quando eles estiver chorando. É mais complicado acertar a pega de um bebê nervoso, esfomeado, do que um bebê que está buscando o peito e “pronto” para abocanhar o seio.

 

2. Sensação de competência materna

A insegurança é um grande vilão da amamentação. Quando a mulher sente que não é capaz de cuidar ou de alimentar o seu filho, todas as melhores intenções vão para o beleléu. Para mulheres que desejaram e planejaram amamentar, o choro incessante, o medo de estar deixando o bebê com fome e a sensação de incapacidade são o que levam à introdução de fórmula e bicos artificiais que podem levar à suspensão da amamentação antes do planejado (desmame precoce).

Na minha experiência como assessora, as mães carregadeiras se sentem muito poderosas e capazes quando carregam. Além de terem “dominado” mais uma habilidade, o carregador (não importa qual for) dá uma sensação de superpoderes: um bebê calmo e feliz com os braços livres. (Sim, dá para fazer xixi em plena crise de cólica!) Sem contar que há evidências de que bebês em culturas que praticam o bem carregar e a amamentação em livre demanda choram menos.

 

3. Maior liberdade

Para muitas mulheres, a intensa disponibilidade necessária para alimentar um bebê de menos de 6 meses exclusivamente no peito é traduzida como uma sentença de prisão domiciliar – ou de programas calminhos para lugares com “estrutura” para bebês e seus carrinhos (tipo shoppings e clubes). Mas o sling dispensa boas calçadas e poltronas de amamentação! E para quem não se sente confortável amamentando em público, o capuz da mochila e “cauda” do sling de argolas funcionam muito bem para tornar esse momento mais discreto.

Carregar no pano dá uma liberdade incrível para as mães que gostam de rua, de socializar, de sair de casa.. Basta jogar umas fraldas, uma muda de roupa, um trocador portátil e suas coisas (carteira, celular, chave de casa) numa mochila e sair para o mundo, com seu bebê coladinho, pronto para mamar se precisar.

 

4. Apoio para um bom posicionamento ao amamentar

Lembra que eu disse lá em cima que o posicionamento do bebê deve ser barriga com barriga? Isso não significa que ele precise ficar deitado não, naquela posição clássica das campanhas de amamentação. Contanto que esteja barriga com barriga, a pega é favorecida. E qual é a posição que o bebê fica no carregador?

Barriga com barriga! É a posição de cavalinho, que inclusive é ótima para bebês pequenos pois é fácil de sustentar a mama.

Para amamentar no seu carregador, você só precisa abaixar o bebê até ele conseguir acessar o peito. E não precisa tirar do pano ou da mochila. No wrap sling, é só afrouxar o nó e fazer descer a amarração. No sling de argolas, sustenta o peso do bebê com uma mão e com a outra levanta a argola de cima, afrouxando o sling (se quiser, pode colocá-lo na posição clássica, apoiando a cabecinha com o braço mais perto do seio oferecido e juntando as duas perninhas em direção ao outro seio, para ele ficar na diagonal). Na mochila, às vezes só de afrouxar os ajustes de alça no topo do painel é suficiente, mas se precisar, afrouxa também o cinturão, para descer o bebê.

Quando o carregador faz o papel de apoiador do bebê, suas mãos ficam livres para sustentar a mama e/ou ajustar a pega, se for preciso.

Espero ter explicado por que e como o babywearing pode ser o seu aliado para atingir suas metas de amamentação. Amamentar nem sempre é fácil, mas com algumas ferramentas, fica (ainda) mais gostoso. E, lembre-se: se estiver sentindo dor ou tendo dificuldades, busque ajuda de um banco de leite ou consultora de amamentação. Bons passeios e muito leitinho para vocês  dois/ duas (ou três)!

(Nesta foto, a mãe estava preparando o sling de argolas para amamentar e acalmar o bebê. Esta posição deitada só é indicada na hora da amamentação. Logo após o bebê terminar de mamar, é preciso reposicionar o bebê no carregar e voltar para a posição original vertical. Veja mais em Dicas de Segurança.)